sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

TIRA 058

Tira 058 (19.03.2004)
Antes do Euro 2004, muito se falou e se escreveu sobre as questões de segurança nos estádios de futebol (em grande parte por culpa dos atentados às "torres gémeas", a 11 de Setembro de 2001). E também muito se disse sobre o Alentejo não ter sido "contemplado" com a reformulação de nenhum estádio e, consequentemente, com nenhum jogo do torneio. 
Diga-se de passagem que o facto de sermos ignorados ou ostracizados não é nada a que não estejamos habituados (veja-se, como exemplo, o caso, ainda mais gritante, da Volta a Portugal em Bicicleta, só para lembrar outra grande competição desportiva...). 
Passados quase dez anos desde a publicação desta tira, e sabendo nós o que sabemos hoje (estádios novos praticamente "às moscas", de manutenção dispendiosa e com autarquias super-endividadas...), acredito que terem-nos deixado de lado foi uma autêntica bênção para esta região...

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

TIRA 057

Tira 057 (12.03.2004)
Nada como preparar com antecedência o previsível aumento de turistas no Alentejo. E nesse aspecto, temos que reconhecer que o pastor tinha alguma "visão de futuro"... 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

TIRA 056

Tira 056 (05.03.2004)
Em 56 tiras, esta foi a 16.ª em que o tema da Barragem de Alqueva foi por nós abordado.
E ainda há quem diga que a construção da Barragem não serviu para nada... :)

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

TIRA 055

Tira 055 (27.02.2004)
O pastor movimentava-se, quase sempre, em cenários onde a presença feminina era rara. O seu ofício era, por natureza, um trabalho solitário (só o cão o acompanhava na guarda das ovelhas) e, quanto à taberna, não era sítio onde fosse habitual ver-se uma mulher. Na tira 055, contudo, essa tendência foi contrariada quando surgiu a segunda personagem feminina da série (depois da mulher do pastor): a estagiária de jornalismo! Voltaríamos a vê-la de quando em vez, sempre com o seu bloco de notas e a sua vontade de "mostrar serviço", muito embora o pastor a deixasse, quase sempre, sem palavras, com respostas completamente absurdas e inesperadas às perguntas ingénuas da moça...  

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

TIRA 054

Tira 054 (20.02.2004)
Esta tira tem a particularidade de ter sido publicada na contra-capa do álbum "RIbanho" (editado em Novembro de 2006), sob um pequeno texto de apresentação da série, escrito por Luís Afonso (o mesmo texto - obviamente, com uma ligeira adaptação - que serve de apresentação a este blogue, aqui à direita).

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

TIRA 053

Tira 053 (13.02.2004)
Na semana seguinte, outra tira sobre a Barragem de Alqueva (e iam 15!), desta vez com nevoeiro à mistura. Dezena e meia de tiras provam bem a importância que "o grande lago" tinha, até, para o "RIbanho", embora o "compadri" não se apercebesse disso...

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

TIRA 052

Tira 052 (06.02.2004)
Com a tira 052 completou-se um ano de "RIbanho" (a série começara a ser publicada a 07.02.2003)! 
E para comemorar a preceito, nada melhor do que uma tira sobre a Barragem de Alqueva, o nosso tema favorito (já íamos em 14 tiras com esta temática). 

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

TIRA 051

Tira 051 (30.01.2004)
Esta tira foi desenvolvida numa altura em que, num curto período de tempo, houve uma série de partos, assistidos por bombeiros, já com as grávidas nas ambulâncias, a caminho do hospital.
A centralização de serviços de saúde, origina, por vezes, que estas situações possam acontecer, em especial nas regiões do interior, longe dos grandes centros urbanos.
Causa alguma confusão tentar perceber como é que, em pleno século XXI, ainda ocorrem problemas destes, num país "europeu" mas a verdade é que, infelizmente, a situação tende a piorar, com o fecho sucessivo de centros de saúde, hospitais e maternidades.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

TIRA 050

Tira 050 (23.01.2004)
Com a construção da Barragem de Alqueva, os dias de nevoeiro passaram a surgir com mais frequência.  
Já antes o nevoeiro tinha sido tema para o RIbanho mas - tenho que o reconhecer - não gostei totalmente da forma como o desenhei nessa altura. 
Com algumas dicas do Luís Afonso (ao tempo, muito mais habituado a trabalhar em Photoshop do que eu), esta tira ficou bem mais... "enevoada" do que a sua antecessora. E era isso mesmo o que se pretendia...

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

TIRA 049

Tira 049 (16.01.2004)
A tira 049 foi a terceira onde abordámos um tema bem conhecido dos alentejanos (especialmente os do interior): o encerramento de algumas estações de correio. Desta vez, a solução encontrada pelos nossos personagens foi a utilização dum pombo-correio - uma ideia ainda não explorada pelos CTT mas que, por este andar...

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

TIRA 048

Tira 048 (09.01.2004)
Os pescadores só apareceram na tira 048, mas foram, sem dúvida, dos personagens que mais gostei de desenhar. Agora que voltei a rever esta tira, apercebo-me do potencial que tinham para explorar e dariam, certamente, motivos para mais uns quantos gags na série. Nunca calhou. 

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

TIRA 047

Tira 047 (02.01.2004)
Não posso confirmar se as electrificações agrícolas a que o texto se refere já chegaram ou não. O que vos posso dizer é que a primeira tira de 2004 trazia um texto com muita "energia"...  

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

TIRA 046

Tira 046 (26.12.2003)
Nesta tira - a última publicada em 2003 -, a questão das obras no Tribunal de Beja foi o tema escolhido pelo Luís Afonso. De forma inteligente, o Luís aproveitou para dar uma pequena alfinetada na própria Justiça - ou na forma como ela é administrada... 

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

GALERIA DE PERSONAGENS (5) - A MULHER DO PASTOR


A mulher do Pastor servia exclusivamente para as conversas que necessitavam de ser em casa (sobretudo em frente à televisão), quer pela temática, quer pelo efeito que poderiam produzir na piada. Havia poucas personagens femininas porque o Pastor fazia um trabalho solitário no campo (quando muito estava acompanhado do Compadre) e na taberna, para ser verosímil no Alentejo, não costumam estar mulheres.
Luís Afonso


A mulher do Pastor chamava-se Maria. É assim que ele a trata em duas ou três ocasiões. Um nome simples (e bonito), como simples era a vida desta personagem. O seu dia-a-dia era passado a tratar da lida da casa e a cuidar do marido. Raramente se viu fora deste cenário. Teve, contudo, oportunidade para introduzir temas na série que, de outra forma ou com outro personagem, poderiam não ter tanta eficácia, como foi o caso da tira que falava do Dia Internacional da Mulher...
Carlos Rico

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

TIRA 045

Tira 045 (19.12.2003)
Considero que este é um dos textos mais conseguidos do Luís Afonso em toda a série "RIbanho". 
A tira foi publicada alguns dias antes do Natal pelo que optei por enquadrar os dois personagens à volta de uma fogueira, enquanto o compadre fazia uma "tiborna" (fatia de pão que, depois de torrada nas brasas, é regada com um fio de azeite).

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

TIRA 044

Tira 044 (12.12.2003)k
Na tira 044 apareceram, pela terceira vez, os jornalistas. Estes personagens (um repórter e um cameraman) traziam uma lufada de ar fresco à série, com a sua presença e com os temas que introduziam.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

TIRA 043

Tira 043 (05.12.2003)
Esta tira foi a primeira que fez referência ao projecto de energias renováveis de Moura. 
De vez em quando, eu sugeria ao Luís um ou outro assunto, ou pedia-lhe para incluir este ou aquele personagem. Após quase dez meses de RIbanho, telefonei ao Luís Afonso e sugeri-lhe que inventasse um texto sobre a Central Solar Fotovoltaica de Amareleja, no concelho de Moura (aquela que seria a maior do Mundo na altura). O Luís aceitou logo a "encomenda" e escreveu este texto... "brilhante" (para usar uma expressão a condizer com o tema). 
Esta foi, também, a primeira tira onde apareceram a mulher e a casa do pastor. O novo cenário e a nova personagem dar-nos-iam a possibilidade de explorar novos temas na série.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

TIRA 042

Tira 042 (28.11.2003)
A nossa amiga avestruz apareceu, de novo, na tira seguinte. O nosso propósito era fazer deste mais um personagem fixo na série. Mas, conforme vos disse, a moda das avestruzes foi breve e, por isso, a avestruz praticamente nem "aqueceu o lugar".

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

TIRA 041

Tira 041 (21.11.2003)
A inclusão de uma avestruz nas tiras de RIbanho deu-se numa altura em que estava na moda a exploração, para fins alimentares, desta simpática ave africana. 
Alguém se lembrou que o clima alentejano (especialmente no Verão) tinha muito a ver com o de África e que estes animais se dariam bem por estas bandas. Vai daí, foi um "ver se te avias" com gente a criar avestruzes para comercializar ovos e carne destes animais pelos restaurantes das redondezas. A verdade é que, tão depressa quanto chegou assim desapareceu esta moda e nunca mais vi avestruzes na nossa zona. 
O último resquício será mesmo o Restaurante "A Avestruz", situado entre Moura e Évora, à beira da estrada, que se especializou na confecção de pratos com carne e ovos desta ave. E a ideia que tenho é que se mantém aberto, apesar da crise. É caso para dizer que, mesmo perante as dificuldades, ainda há pessoas que lutam e se recusam a "meter a cabeça na areia"...

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

TIRA 040

Tira 040 (14.11.2003)
Na tira 040, apareceram outra vez os jornalistas que, mais uma vez, faziam reportagem junto do pastor. A notícia em causa era o previsível encerramento de algumas estações de correio no Alentejo.
Aos mais desatentos, relembramos que estamos a falar de uma tira que foi publicada em Novembro de 2003, ou seja, há praticamente dez anos! De então para cá, o Alentejo (em especial o chamado "Alentejo profundo") ficou não só com menos estações de correio, mas também com menos escolas, menos hospitais e centros de saúde, menos postos da GNR, menos estações de caminhos-de-ferro e menos gente (claro!)... Ou seja, ficou ainda mais "profundo", se assim se pode dizer... 

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

TIRA 039

Tira 039 (07.11.2003)
"Elefante branco" é uma expressão idiomática para uma posse valiosa da qual o seu proprietário não se pode livrar e cujo custo (em especial o de manutenção) é desproporcional à sua utilidade ou valor. O termo é utilizado na política para se referir a obras públicas sem utilidade.
(in http://pt.wikipedia.org/wiki/Elefante_branco)

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

TIRA 038

Tira 038 (31.10.2003)
A construção da Barragem de Alqueva trouxe, de facto, um aumento do número de dias com nevoeiro no Alentejo. De D. Sebastião é que não há notícias há muito tempo! E a falta que nos fazia alguém que "desse uma volta a isto"...

sexta-feira, 26 de julho de 2013

TIRA 037

Tira 037 (24.10.2003)
O Aeroporto de Beja tarda em ser visto a funcionar na sua plenitude. É verdade que, como o texto diz, se trata de um projecto para o Séc. XXI, e, assim sendo, ainda temos 87 anos de margem mas... serão suficientes?

sexta-feira, 19 de julho de 2013

TIRA 036

Tira 036 (17.10.2003)
A Barragem de Alqueva mantinha-se, de longe, como o tema mais trabalhado na série. 
Esta tira fez aumentar a distância para o segundo classificado, o Aeroporto de Beja (com cinco referências). E nos próximos tempos a toada manter-se-ia... 
O Luís Afonso tinha "pano para mangas" para criar humor e não desperdiçava nenhuma oportunidade.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

GALERIA DE PERSONAGENS (4) - AS OVELHAS


Às ovelhas aconteceu ao mesmo do que ao cão, faltou-lhes um argumentista que lhes desse a devida atenção. Aproveito para lhes pedir as minhas sinceras desculpas.
Luís Afonso

As ovelhas foram os personagens que mais dificuldade tive em desenhar nesta série. Tentei, aos poucos, fazer algumas alterações na fisionomia do rebanho mas posso confessar que nunca fiquei totalmente satisfeito com o resultado final.
Não deixa de ser curiosa esta dupla insatisfação (minha e do Luís) com o tratamento dado aos personagens que davam o nome à série.
Carlos Rico

sexta-feira, 5 de julho de 2013

TIRA 035

Tira 035 (10.10.2003)
Com esta tira 035 subiu para oito o número de vezes em que a Barragem de Alqueva foi tema no "RIbanho", ou seja, um quarto do total da série(!) até esse momento. 
A utilização do cajado como taco e da bolota como bola de golfe foi das ideias que o Luís Afonso teve que mais gostei de desenhar.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

TIRA 034

Tira 034 (03.10.2003)
O "desenvolvimento sustentável" foi tema para a tira 034.
Quem diria que, quase uma década passada sobre a publicação deste cartune, as coisas estariam mais para o... insustentável?!

sexta-feira, 21 de junho de 2013

TIRA 033

Tira 033 (26.09.2003)
Na tira 033 surgiram, pela primeira vez, os jornalistas. 
A sua presença tornar-se-ia, a partir de aqui, habitual, aparecendo, de tempos a tempos, a fazer inquéritos ou reportagens televisivas.
Foi uma maneira de introduzir temas diferentes na série (sem ser através do jornal, lido em voz alta pelo "compadri", ou das notícias ouvidas atentamente na rádio pelo pastor) e de refrescar a série com novos personagens. 

sexta-feira, 14 de junho de 2013

TIRA 032

Tira 032 (19.09.2003)
Não deixa de ser curioso que, sendo hoje o último dia de aulas, surja aqui uma tira sobre o... primeiro dia de aulas! A verdade é que a ordem de publicação das tiras de RIbanho provocou esta estranha coincidência!...
Cada vez mais, este texto está na ordem do dia: os miúdos vão sobrecarregados de material para a escola (num tempo em que as novas tecnologias supostamente deveriam facilitar a vida dos estudantes), causando, por vezes, situações de fadiga e problemas de coluna em muitos deles.
E ainda há quem diga que o saber não ocupa lugar...

sexta-feira, 7 de junho de 2013

TIRA 031

Tira 031 (12.09.2003)
Em 2003 já os Correios se preparavam para "cortar na despesa", em prejuízo, naturalmente, das populações mais isoladas... Uma situação que, passados dez anos, continua a agravar-se diariamente, como todos sabemos. 

sexta-feira, 31 de maio de 2013

TIRA 030

Tira 030 (05.09.2003)
Mais uma tira que tratava da previsível descida das temperaturas no Alentejo, por "culpa" da Barragem de Alqueva.
A verdade é que a solução proposta pelo pastor para baixar ainda mais a temperatura média durante o Verão parece um pouco... radical, por assim dizer.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

TIRA 029

Tira 029 (29.08.2003)
Havia mais de seis meses que tivera início a publicação de RIbanho. Por esta altura, os personagens-base estavam já perfeitamente definidos. De vez em quando, lá aparecia um personagem novo para "refrescar" a série. Foi o caso deste produtor de suínos que, para ganhar mais no negócio, se entretinha a pintar os seus porcos com tinta preta...  

sexta-feira, 17 de maio de 2013

TIRA 028

Tira 28 (22.08.2003)
A ironia utilizada neste texto pode ser difícil de perceber para quem nunca visitou o Alentejo durante o Verão.
Quando se deu conta, na imprensa, de um estudo que alertava para a possibilidade de a temperatura média no Alentejo baixar um ou dois graus, o Luís Afonso não perdeu a oportunidade e aproveitou para escrever este excelente diálogo.


sexta-feira, 10 de maio de 2013

GALERIA DE PERSONAGENS (3) - O CÃO "FARRUSCO"

O Farrusco era para ser mais do que foi. A ideia era as tiras andarem à volta das peripécias do rebanho, onde o cão teria um papel importante, mas a minha deriva quase imediata para temas da actualidade (pela preguiça que já referi ou por inabilidade) roubou-lhe o protagonismo que talvez merecesse.
Luís Afonso

O Farrusco nunca foi como o Luís inicialmente imaginou, até mesmo fisicamente. Lembro-me de termos falado algumas vezes acerca disso, nas primeiras tiras que publicámos, e a verdade é que, até hoje, tenho a sensação que nunca consegui desenhar um cão parecido sequer ao que o Luís me tentava descrever. É notório que o Farrusco das primeiras tiras é diferente do Farrusco das outras tiras. Isso acontece porque tentei, em vão, aproximar-me do "modelo" em que o Luís pensou.
Carlos Rico    

sexta-feira, 3 de maio de 2013

RIBANHO NO TEATRO (1)

Aconteceu recentemente, durante o 18.º Salão Internacional de Banda Desenhada de Moura: o Grupo de Teatro "Al-Manijah" (de Moura) adaptou alguns dos textos de "RIbanho" e levou ao palco, de forma inédita, as tiras desta série.
Tratou-se de uma curta actuação, pois a ideia foi utilizar a rábula como aperitivo para a apresentação pública do livro "O Combóio das Cinco", de Luís Afonso, que ocorreu logo a seguir. 
Na rábula foram recriadas três cenas habituais na série: o campo (com personagens como o pastor, o "compadri" e as ovelhas), a aldeia (o padre, o recenseador, o sobrinho do pastor) e a taberna (a jornalista, o taberneiro, o árabe).
O grupo pretende apresentar esta peça num formato mais longo, e já mais trabalhada, dentro de muito pouco tempo, na cidade de Moura. Nós cá estaremos para vos dar conta de tudo.
Por ora, deixamos um forte abraço ao Grupo "Al-Manijah" pelo trabalho extraordinário que tem desenvolvido ao longo dos últimos anos e, em especial, por esta simpática homenagem ao nosso "RIbanho".

Cena no campo, com o "Compadri", o pastor e o cão "Farrusco".
Cena na aldeia, com o recenseador a ser rodeado pelo rebanho de ovelhas
Cena na taberna, com a jornalista e o taberneiro a darem conversa ao "Compadri" e ao pastor.
Actores do Grupo de Teatro "Al-Manijah"com o encenador Rui Pinto (à direita, na imagem)
Fotos: Orlando Fialho (CM Moura)

quinta-feira, 25 de abril de 2013

TIRA 027

Tira RIbanho (15.08.03)
O tema do aumento de temperatura foi dos mais explorados pelo Luís Afonso. Esta tira é um bom exemplo disso.
A tira 027 tem, também, uma característica que faz dela um caso à parte: na última vinheta, quem remata a conversa é o "compadri" e não o pastor. Terei sido eu a interpretar mal o texto que o Luís Afonso enviou ou terá sido o próprio Luís a "divagar" um pouco no esquema habitual? Uma boa pergunta à qual não conseguimos responder uma vez que o texto perdeu-se, algures, numa caixa de correio electrónico que, há muito, deixou de estar funcional...

sábado, 20 de abril de 2013

TIRA 26

Tira 26 (08.08.2003)
Na tira 26 o Turismo foi o tema escolhido. Este era um dos temas que o Luís, volta não volta, resolvia trazer para o "RIbanho", talvez porque era um dos que mais possibilidades dava de introduzir novos personagens na série. Além de que as diferenças culturais entre os alentejanos e os turistas (umas vezes lisboetas outras vezes estrangeiros) davam também "pano para mangas"... 
Nota: por motivos de força maior (inauguração do Salão Moura BD) não foi possível postar esta mensagem na sexta-feira, como é costume neste blogue.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

"RIBANHO" EM FORMATO BD (1) - "RIBANHO" NO AMADORA BD 2011

Em 2011, o Amadora BD teve como tema "O Humor". O comissário da exposição central foi Osvaldo de Sousa que, como já se esperava, fez um excelente trabalho.
Na exposição havia uma retrospectiva sobre o Humor em Portugal (e a primeira Associação de Humoristas) e, no final, o Osvaldo convidou alguns autores a desenvolverem uma banda desenhada sobre o tema. Eu e o Luís fomos convidados a participar em equipa. 
Foi muito interessante porque nos permitiu trabalhar a série "RIbanho" (pensada desde o início para ser desenvolvida em formato de tiras) sob a forma de uma prancha. 
No meu caso concreto, e dado que o prazo para entregar o material era curto, optei por utilizar a aguarela (em vez do Photoshop) para colorir o desenho, o que me deu oportunidade de recordar os tempos em que fazia cartunes no "Diário do Alentejo" com esta técnica. 
Uma última curiosidade: as vinhetas foram recortadas individualmente e coladas numa cartolina preta.

Segue-se o texto, exactamente como o Luís me enviou, e a prancha final. De notar que a última fala foi alterada pelo Luís. Por vezes acontecia isso, durante o processo de criação das tiras: o Luís enviava-me o texto uns dois ou três dias antes do fecho do jornal e, depois de estar umas horas sem o ler ou pensar mais nele, tornava a lê-lo e descobria algum pormenor que entendia corrigir. Telefonava-me e, como eu normalmente enviava o desenho no limite do prazo, ainda tínhamos tempo de emendar alguma coisa...



RIbanho (BD - Associação de Humoristas)


Pastor, Compadre e outros homens num cenário qualquer (pode ser no banco da rua, na taberna, etc)


Dá para fazeres 4 tiras numa prancha (o nosso livro tem 3 tiras por página mas é quadrado). As 15 falas, pelas minhas contas, cabem perfeitamente.


Compadre- sabem o que é que a gente devia fazer? uma associação de contadores de anedotas.


Homem 1- para quê?

Compadre- para contarmos anedotas com organização.

Homem 2- que tipo de anedotas é que a gente conta nessa associação?

Compadre- ora, as anedotas que sabemos. de alentejanos, claro.

Homem alto- eu só gosto de contar anedotas de baixo-alentejanos.

Homem baixo- pois eu só acho graça às anedotas de alto-alentejanos.

Compadre- bolas, ainda não temos a associação e já há divisões?!

Homem 1- então constituímos duas associações de anedotas. uma de baixo-alentejanos e outra de alto-alentejanos.

Homem 2- e, já agora, também uma de alentejanos do litoral.

Homem 1- e que tal uma associação de jovens contadores de anedotas?

Homem 2- nesse caso tinham de ser várias. jovens contadores de anedotas de baixo-alentejanos, de alto-alentejanos e de alentejanos do litoral.

Homem 1- se calhar temos de criar uma federação para englobar essas associações todas.

Mulher (que ia passar e ouviu a conversa)- então e as mulheres contadoras de anedotas, hã?

Pastor (a rir para o leitor)- isto já parece uma anedota..


RIbanho realizado para o Amadora BD (Outubro de 2011)

sexta-feira, 5 de abril de 2013

GALERIA DE PERSONAGENS (2) - O "COMPADRI"


O Compadre ("Compadri", na tradução para alentejano do Carlos) surgiu por acaso, por ser necessária uma figura humana (salvo erro, na altura a conduzir uma carroça com um burro). Acabou por ficar quase sempre por ali, junto ao Pastor, iniciando as conversas ao ler o jornal, por exemplo, ou mesmo introduzindo um tema a despropósito.
Luís Afonso


O "Compadri" era talvez o melhor amigo do Pastor mas, ao mesmo tempo, era também a antítese deste. Enquanto o Pastor era um homem aparentemente analfabeto (nunca se via a pegar no jornal, por exemplo), o "Compadri" era mais culto, lia o jornal e comentava as notícias. No entanto, a maior parte das vezes ficava completamente "desarmado" perante a resposta do amigo.
Até fisicamente eram o contrário um do outro: o Pastor era barrigudo, usava boina e fumava constantemente enquanto o "Compadri" era magro, usava chapéu e mordiscava uma palha (ao jeito do Lucky Luke mais recente), o que faz supor que, provavelmente, estaria bem informado acerca dos malefícios do tabaco.
Carlos Rico

sexta-feira, 29 de março de 2013

GALERIA DE PERSONAGENS (1) - O PASTOR

Iniciamos hoje no Blogue do RIbanho uma "Galeria de Personagens", rubrica há muito prometida, é verdade, mas que, por razões várias, só agora pode avançar. A ideia será apresentar os personagens, segundo as perspectivas do argumentista e do desenhador. Começamos, naturalmente, pelo protagonista da série, o Pastor. 


«O Pastor foi pensado para ser co-protagonista da série, juntamente com o cão (Farrusco) e as ovelhas. Por preguiça minha e também por estar mais rotinado em diálogos sobre actualidade, o Pastor acabou por se tornar a principal personagem, rematando habitualmente as conversas com outras pessoas, que foram aparecendo ao longo da série.»
Luis Afonso

«É curioso que este não foi o primeiro pastor que desenhei numa série-cartune. No início dos anos 90, fiz, durante quatro anos, um cartune para o jornal "A Planície" onde o protagonista era, precisamente, um pastor (que, como este, nunca teve nome conhecido) e o seu cão (no caso, o Rabisco).
Quando, em 2003, eu e o Luís Afonso começámos a pensar numa série de tiras para publicar no "Diário do Alentejo", a ideia de utilizar um pastor como protagonista foi, mais ou menos consensual. De início, o Luís ainda sugeriu fazermos uma série com caracóis como personagens (numa alusão à célebre "lentidão" alentejana). Mas rapidamente abandonámos a ideia quando o Luís percebeu que a série poderia ter demasiados pontos comuns com as Histórias Invertebradas, que ele desenhara na revista do "Público".»
Carlos Rico

sexta-feira, 22 de março de 2013

TIRA 025

Tira 025 (25.07.2003)
Em 2003, apenas um médico se deslocava ao Cercal de forma pontual. Dez anos depois, a situação ter-se-á mantido ou piorado? É bem provável que tenha piorado. A falta de médicos nas regiões mais desfavorecidas é um problema que, em pleno Séc. XXI, continua a ser actual num país europeu chamado Portugal. E nos próximos tempos, infelizmente, não se adivinham melhoras...

sexta-feira, 15 de março de 2013

TIRA 024


Tira 024 (18.07.2003)
Com a tira 024, a Barragem de Alqueva passava a ser o tema mais utilizado na série, até essa altura, desempatando com o Aeroporto de Beja. Passados dez anos, qualquer destes projectos continua a ser um excelente manancial de piadas, como todos sabemos...

sexta-feira, 8 de março de 2013

TIRA 023

Tira 023 (11.07.2003)
Em 2003, "prioritário" e "Alentejo" não rimavam grande coisa. Dez anos passados as coisas continuam mais ou menos na mesma...

sexta-feira, 1 de março de 2013

TIRA 022

Tira 022 (04.07.2003)
Os níveis de ozono no Alentejo foram tema para a 22.ª tira. 
Por esta altura, o "compadri" era uma presença assídua na série. Já não aparecia, só de vez em quando, montado no burro. Antes se mantinha por ali, semanalmente, ao lado do pastor, dando-lhe "deixas" para a piada final. Tinha, definitivamente, conquistado o seu lugar no "RIbanho"!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

TIRA 021

Tira 021 (27.06.2003)
Esta tira 021 trouxe algumas curiosidades com ela. Para começar, foi a primeira onde apareceu um ladrão. Ao longo da série, surgiria um ou outro mais, sempre que o assunto a tratar o exigia. Creio que foi também a única vez em que o pastor perdeu a paciência e chegou a "vias de facto" com alguém. Não era caso para menos: um estudo estatístico exige seriedade e não pode ser adulterado assim sem mais nem menos...
A tira 021 foi incluida no álbum "RIbanho" e mereceu, por isso, uma legendagem nova.
Tira 021, com nova legendagem, publicada no álbum "RIbanho" (2007)

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

TIRA 020

Tira 020 (20.06.2003)
Creio que esta foi a única tira de "RIbanho" em que o tema dos bombeiros "veio a lume" (nunca melhor dito). Dada a conjuntura actual - e apesar de terem passado quase dez anos desde que foi publicada - não custa muito acreditar que esta tira continua actual na sua mensagem, independentemente da corporação de bombeiros a que nos pudessemos referir.