Na exposição havia uma retrospectiva sobre o Humor em Portugal (e a primeira Associação de Humoristas) e, no final, o Osvaldo convidou alguns autores a desenvolverem uma banda desenhada sobre o tema. Eu e o Luís fomos convidados a participar em equipa.
Foi muito interessante porque nos permitiu trabalhar a série "RIbanho" (pensada desde o início para ser desenvolvida em formato de tiras) sob a forma de uma prancha.
No meu caso concreto, e dado que o prazo para entregar o material era curto, optei por utilizar a aguarela (em vez do Photoshop) para colorir o desenho, o que me deu oportunidade de recordar os tempos em que fazia cartunes no "Diário do Alentejo" com esta técnica.
Uma última curiosidade: as vinhetas foram recortadas individualmente e coladas numa cartolina preta.
Segue-se o texto, exactamente como o Luís me enviou, e a prancha final. De notar que a última fala foi alterada pelo Luís. Por vezes acontecia isso, durante o processo de criação das tiras: o Luís enviava-me o texto uns dois ou três dias antes do fecho do jornal e, depois de estar umas horas sem o ler ou pensar mais nele, tornava a lê-lo e descobria algum pormenor que entendia corrigir. Telefonava-me e, como eu normalmente enviava o desenho no limite do prazo, ainda tínhamos tempo de emendar alguma coisa...
Homem 1- se calhar temos de criar uma federação para englobar essas associações todas.
Foi muito interessante porque nos permitiu trabalhar a série "RIbanho" (pensada desde o início para ser desenvolvida em formato de tiras) sob a forma de uma prancha.
No meu caso concreto, e dado que o prazo para entregar o material era curto, optei por utilizar a aguarela (em vez do Photoshop) para colorir o desenho, o que me deu oportunidade de recordar os tempos em que fazia cartunes no "Diário do Alentejo" com esta técnica.
Uma última curiosidade: as vinhetas foram recortadas individualmente e coladas numa cartolina preta.
Segue-se o texto, exactamente como o Luís me enviou, e a prancha final. De notar que a última fala foi alterada pelo Luís. Por vezes acontecia isso, durante o processo de criação das tiras: o Luís enviava-me o texto uns dois ou três dias antes do fecho do jornal e, depois de estar umas horas sem o ler ou pensar mais nele, tornava a lê-lo e descobria algum pormenor que entendia corrigir. Telefonava-me e, como eu normalmente enviava o desenho no limite do prazo, ainda tínhamos tempo de emendar alguma coisa...
RIbanho (BD
- Associação de Humoristas)
Pastor, Compadre e outros homens num cenário
qualquer (pode ser no banco da rua, na taberna, etc)
Dá para fazeres 4 tiras numa prancha (o
nosso livro tem 3 tiras por página mas é quadrado). As 15 falas, pelas minhas
contas, cabem perfeitamente.
Compadre- sabem
o que é que a gente devia fazer? uma associação de contadores de anedotas.
Homem 1- para
quê?
Compadre- para
contarmos anedotas com organização.
Homem 2- que
tipo de anedotas é que a gente conta nessa associação?
Compadre- ora,
as anedotas que sabemos. de alentejanos, claro.
Homem alto- eu
só gosto de contar anedotas de baixo-alentejanos.
Homem baixo- pois
eu só acho graça às anedotas de alto-alentejanos.
Compadre- bolas,
ainda não temos a associação e já há divisões?!
Homem 1- então
constituímos duas associações de anedotas. uma de baixo-alentejanos e outra de
alto-alentejanos.
Homem 2- e,
já agora, também uma de alentejanos do litoral.
Homem 1- e
que tal uma associação de jovens contadores de anedotas?
Homem 2- nesse
caso tinham de ser várias. jovens contadores de anedotas de baixo-alentejanos,
de alto-alentejanos e de alentejanos do litoral.
Homem 1- se calhar temos de criar uma federação para englobar essas associações todas.
Mulher (que ia passar e ouviu a
conversa)- então e as mulheres contadoras de
anedotas, hã?
Pastor (a rir para o leitor)- isto
já parece uma anedota..
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